A defesa do professor do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Unesp de Marília, demitido por justa causa após 44 denúncias de assédio, afirma que o docente estava em surto psiquiátrico no período dos episódios e que foi diagnosticado com transtorno afetivo bipolar e Síndrome de Asperger, condição do espectro autista.
Os advogados de Rafael Salatini de Almeida afirmam que tanto o diagnóstico quanto o atestado do surto constam no processo administrativo e teriam sido emitidos pela própria universidade, além de confirmados por perícia técnica.
Com esse argumento, a defesa sustenta que a Unesp deveria ter adotado um termo de ajuste de conduta com base no laudo, em vez de determinar a demissão, e informa que recorrerá à Justiça.
A Unesp foi questionada sobre os laudos citados, mas respondeu que prontuários médicos são protegidos por sigilo profissional.
Em nota enviada em 14 de novembro, a instituição declarou que a demissão foi motivada por “procedimento irregular de natureza grave, ato de improbidade e conduta moralmente questionável”, conforme o relatório da comissão responsável pelo Processo Administrativo Disciplinar (PDA).