Embora a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 reserve R$ 6 milhões para o Hospital Municipal de Bauru, a obra ainda não tem garantia de que sairá do papel. A situação foi detalhada em audiência pública promovida pelo vereador Eduardo Borgo (Novo) na última quarta-feira (19). Durante o encontro, ficou evidente que o montante previsto é insuficiente para erguer o complexo, que depende de novos aportes — provenientes, por exemplo, de superávits das contas públicas e de um acordo de contrapartida com a Uninove, ainda sem conclusão.

O acerto em discussão com a instituição privada envolve repasses antigos que somam cerca de R$ 30 milhões, além de R$ 4 milhões recentemente transferidos.

O secretário de Saúde, Márcio Cidade Gomes, explicou que o projeto está atualmente na Secretaria de Obras, passando por reformulações devido a novas normas, incluindo requisitos de climatização e acessibilidade. Parte dessas adequações já havia sido indicada pelo Conselho Municipal de Saúde. Ele acrescentou que avançaram as definições sobre o porte e perfil de atendimento da futura unidade, incluindo especialidades, equipamentos necessários, número de leitos e custos estimados. Ficou definido ainda que o hospital será voltado a cirurgias de baixa e média complexidade.

Na área financeira, o secretário da Fazenda, Éverson Demarchi, reforçou que o orçamento destinado à obra precisará de complementação. As incertezas motivaram críticas. “Primeira conclusão a que eu chego desta audiência é que, se não tiver acordo da Uninove, não vai ter Hospital Municipal”, declarou Borgo. A vereadora Estela Almagro (PT) manifestou preocupação sobre a capacidade da administração municipal de arcar não apenas com a construção, mas também com o futuro custeio da unidade.