Desde o início de outubro, Bauru passou a contar com sua primeira aldeia indígena formada por diversas etnias residentes na área urbana do município. Com cacique próprio e mais de 500 integrantes, o grupo reivindica a destinação de uma área classificada como zona de interesse social (Zeis) no Plano Diretor. O pedido foi reforçado durante audiência pública realizada no dia 17.
A Secretaria de Habitação informou que irá analisar os detalhes da solicitação para verificar o que é possível dentro das normas urbanísticas vigentes.
Sem território definido, os membros têm se reunido na sede da Associação Renascer em Apoio à Cultura Indígena (Araci) Ponto de Memória/Cultura, localizada na Vila Independência. A aldeia — unidade política e social típica dos povos originários — recebeu o nome Cacique Tibúrcio Tallihu, homenagem a um dos mais expressivos líderes indígenas da região, que também atuou como ferroviário e servidor público no Jardim Botânico.
O agrupamento reúne cerca de 90 famílias de etnias como Kaingang, Guarani, Terena e Kaiapó.